VISITA VIRTUAL - Terras ouvintes
Visita virtual com legendas, audiodescrição e detalhamento das obras.
O arquivo pode ser baixado e visualizado no computador. A atual versão não está disponível para celular.
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expo ação
terras ouvintes
28 de fevereiro a 28 de março de 2024
Galeria DeArtes/ Campus Batel UFPR, Curitiba.
Rua Coronel Dulcídio, 638, Batel. Curitiba PR
terras ouvintes
28 de fevereiro a 28 de março de 2024
Galeria DeArtes/ Campus Batel UFPR, Curitiba.
Rua Coronel Dulcídio, 638, Batel. Curitiba PR
expo ação TERRAS OUVINTES na Galeria DeArtes, Campus Batel - UFPR
Com o objetivo de fortalecer vínculos e de partilhar trajetórias de pesquisa em artes, a expo ação reúne artistas de diversas gerações que indagam sobre as vidas em relação, com uma atenção diferenciada para as superfícies, porosidades, temperaturas e aglutinações da argila, conciliando as ressonâncias e energias das terras ouvintes, com os temas e as narrativas de pertencimentos individuais e coletivos, fazendo brotar e movimentar as questões que nos permeiam.
A exposição prevê visitas mediadas com oficinas de modelagem livre aos sábados de manhã, das 10h às 12h. Estão sendo desenvolvidos também alguns recursos para acessibilidade como: mapa tátil, mesa sensorial, legenda em braille e a possibilidade de acesso à visita virtual com audiodescrição.
Abertura: 28 de fevereiro de 2024, 19h
Visitação: 28 de fevereiro a 28 de março de 2024
Horário: 8h às 20h
Local: Galeria DeArtes - Campus Batel UFPR. Rua Coronel Dulcídio, 638 - Batel, Curitiba - PR
Artistas participantes:
Ana Lúcia Canetti, Ciclo Terra-cerâmica-terra, Cochi, Daniélle Carazzai, Dayane Rocha, Fabio Henrique Faria, Felipe Roehrig, Flávia Bührer, Giovana Tartas, Isabella Sierra, Laura Franciscato, Luan Linkoski, Luiz Herter, Mateus Gruber, Milena Rankel, Programa Solos na Escola UFPR, Projeto Enraíze (Caim Damico e Guilherme Brollo), Thallyta Piovezan, Guilherme Romanelli, Vaguelis Silva, Vitor Maki e equipes voluntárias do projeto de extensão desde 2015.
Realização: Projeto de extensão Espaços em comum: práticas artísticas em cerâmica.
Coordenação: Isabelle Catucci
Vice-coordenação: Joelma Estevam
Projeto gráfico: Thallyta Piovezan e Felipe Roehrig
Apoio: Departamento de Artes e Pró-Reitoria de Extensão e Cultura
Assessoria para desenvolvimento e realização de materiais para acessibilidade: Equipe NAPNE UFPR; LaMPI- Laboratório de Modelagem, Prototipagem e Inovação coordenado por Isabella Sierra e SIBI UFPR- Laboratório de Acessibilidade.
Classificação indicativa: Livre
Entrada gratuita
email: [email protected]
site: www.emcomumufpr.weebly.com
instagram: @emcomumufpr
Acessibilidade:
obs: A galeria fica no segundo andar e não há elevador no prédio. Caso necessite de apoio, favor contatar com antecedência a coordenação do projeto pelo email [email protected]
Recursos de acessibilidade:
Legenda em braille
mapa tátil
mesa sensorial
visita virtual com recurso de audiodescrição (em breve)
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apresentação
Ressoar sendo terra/Terra
por Isabelle Catucci
fev 2024
O caráter holístico da terra mantém os nossos pés no chão e as nossas cabeças a divagar sobre as ressonâncias, energias e interações dessa presença. Artistas e ceramistas trabalham constantemente em contato com a argila/terra, exercitam uma convivência atenta às vidas em relação, em uma sensibilidade que é acionada pelas mãos sobre as superfícies, porosidades e aglutinações. O clima, as temperaturas e os modos de agir ativam a percepção sobre a empatia com os lugares, materiais, seres e pessoas, em movimentos que passam a ser guiados pela observação à reação, em olhares e escutas direcionados para as respostas geradas pelas transformações.
Esta expo ação surge do interesse de reunir pesquisas, registros, testes e trabalhos desenvolvidos por participantes de alguma das fases do projeto de extensão “Espaços em comum: práticas artísticas em cerâmica”, desde seu início, em 2015. Embora seja incompleta, por contarmos com mais de uma centena de colaboradores e participantes, os convites e aproximações nesta expo ação foram enredados pelo acompanhamento das trajetórias que foram se aproximando ao longo desse tempo.
A escolha de expor os trabalhos na Galeria DeArtes, como um dos nossos “espaços em comum”, foi impulsionada pelo desejo do grupo de artistas que participaram do Ciclo Terra-cerâmica-terra, de 2023. Sair do ateliê e colocar para fora ex(fora) po (colocar) reafirma o interesse do projeto de compreender os espaços de encontro e de partilha como uma plataforma de ações. Neste evento de expo ação, os diálogos, as escutas e as possibilidades das diversas esferas de relação se mostram presentes e são colocados em movimento.
A terra/Terra é um dos temas que impulsionaram as leituras e o estudo de outras artistas como Anna Maria Maiolino, Ana Mendieta, Celeida Tostes, Regina José Galindo, e de artistas locais que gentilmente compartilham seus processos conosco, tais como Maria Helena Sapparoli, Gláucia Flügel e Juan Parada, entre outras inúmeras referências. Essas pesquisas sobre artistas incentivam a problematização do fazer artístico como ação social, política, crítica, sensível e comprometida, promotora de debates para além da matéria, do controle técnico ou formal de um material.
Nesse sentido, as terras com as quais dividimos nosso cotidiano são interlocutoras e ouvintes, participam dos espaços e reações, replicam nossos movimentos, nos trazem o sentido poético. As pessoas das terras ouvintes participam e mediam os processos, são parte integrante em processo.
O título “terras ouvintes” vem de uma citação do texto de Isabel Casimira Gasparino (2023)* sobre o som do tambor na rua durante os cortejos de congada, em que ela narra a importância do ritual e da energia colocada no espaço público, sabendo que mesmo que a voz deixe de ser ouvida, o ritmo ainda pode ressoar e ser replicado por quem quiser, em “terras ouvintes distantes”. Essa energia testemunhada e reverberada ao longo do tempo e espaço dá sentido e tom para a reunião dos trabalhos desta expo ação, onde acompanhamos o labor, a noção de ciclo, a repetição e a transformação de artistas com a terra.
Ana Lúcia Canetti colhe e homenageia as memórias e as formas das sementes; Isabella Sierra repete as pétalas das orquídeas, em uma manipulação que busca um novo significante na repetição; já Laura Franciscato oferece a fruta ao resgatar as cerâmicas afro-brasileiras.
O sentido da terra “descoberta” por baixo da cidade e dos anseios modernistas é o mote para o trabalho de Fabio Henrique Faria; Giovana Tartas retoma o local de recolhimento do relicário, articulando imagens sobre a natureza; Thallyta Piovezan confabula com o objeto cotidiano do filtro de barro e faz reviver a nossa atenção para a própria vida. Dayane Rocha planta possibilidades de imaginação para os fins de mundos e recomeços; Daniélle Carazzai nos proporciona leituras sobre o tempo e sobre as relações entre os ritmos visuais; Luiz Herter nos propõe uma relação direta, nos convida para desenhar com a terra.
Os trabalhos de Flávia Bührer reagem ao líquido, são corpos que reivindicam; Vaguelis faz do objeto um símbolo inescapável, com a imprevisibilidade e maleabilidade da argila e cerâmica, em sua relação com o corpo; Luan Linkoski dispõe e prepara camadas para o corpo que se expõe; Felipe Roehrig molda os rostos e faz da narrativa processual, das conversas sobre as questões LGBTQIAP+, motivo para realização de máscaras em cerâmica; Cochi performa a modelagem do retrato e rebate a imagem de si em reflexos e difrações sobre a noção de subjetividade.
Os trabalhos coletivos/colaborativos são apresentados a partir dos testes, amostras e exemplos, como na proposta interativa desenvolvida pelo grupo “Módulos”, em 2015-16, instalada na entrada de pedestres do campus DeArtes.
Os testes para a realização do painel “Espaço, vírgula, ponto”, instalado na Biblioteca do Campus Rebouças UFPR, a convite da bibliotecária Sonia Mara Passot, realizado pelo grupo de 2018-17 , indicam o interesse lúdico e continuam a pesquisa sobre palavras e espaços.
Das oficinas ofertadas pelo projeto, com a colaboração de outras áreas, temos a participação do importante programa de extensão Solo na Escola, com recursos e oficinas sobre meio ambiente em diálogo com as artes. São expostos e acionados, também, os pequenos objetos de sopro, amostras das oficinas de ocarina, realizadas pelo professor de educação e música Guilherme Romanelli, entre 2017 e 18. O objeto relacional “escute aqui, fale aqui”, do grupo de voluntários de 2019 (Flávia Bührer, Mateus Gruber, Milena Rankel, Thallyta Piovezan e Vitor Maki), impõe-se pela sua presença material e volumétrica em terra crua, aberto para participação, comunicação e toque.
Podemos acessar, também, o caderno “Gestos em comum”, publicado pelo grupo de 2022-23, com apoio do SiBi UFPR, disponível no Repositório Digital da UFPR, com uma série de convites e proposições inspiradas pelos gestos gerados no ateliê de cerâmica do DeArtes. De 2023, são apresentadas mostras do “Projeto Enraíze”, conduzido por Caim Damico e Guilherme Brollo, que exercitaram em oficinas propostas decoloniais para azulejaria. A ação “Experimentar terra corpo” é apresentada através do registro em vídeo da performance instalação colaborativa, conduzida pelo grupo “Terra-cerâmica-terra”, em parceria com o evento “Raízarte” (SACOD), realizada com diversos grupos na SBPC Cultural e, posteriormente, na Escola Municipal Cel. Durival Britto e Silva, no Cajuru, Curitiba.
Durante o período da expo ação terras ouvintes, no mês de março, aos sábados de manhã, serão realizadas visitas mediadas, oficinas e atividades para incentivar a visitação do público externo e a troca de informações. Como um primeiro passo em direção à acessibilidade, iniciaremos um material de mediação com audiodescrição dos trabalhos expostos em catálogo virtual, para que este material possa integrar atividades e oficinas para públicos diversos.
A expo ação surge como um modo de reunir e compartilhar, a partir do que ressoa, seja em terras ouvintes mais interiorizadas, de memórias e vivências pessoais que continuam a vibrar em memórias e pertencimentos coletivos, seja naquelas que replicam, em “terras ouvintes distantes”, movimentando as questões que nos permeiam, e que permitem, através de diversas mídias, técnicas, oficinas e meios, sensibilizar e fazer brotar sentidos, sobre os modos de vida, ritmos, formas de estar, conhecer, partilhar e de fazer arte.
*Gasparino, I. C. “O reino nas ruas”. In: Terra: antologia afro-indígena/ Vários autores. São Paulo/ Belo Horizonte: Ubu Editora/ PISEAGRAMA, 2023 (p.148-149).
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Com o objetivo de fortalecer vínculos e de partilhar trajetórias de pesquisa em artes, a expo ação reúne artistas de diversas gerações que indagam sobre as vidas em relação, com uma atenção diferenciada para as superfícies, porosidades, temperaturas e aglutinações da argila, conciliando as ressonâncias e energias das terras ouvintes, com os temas e as narrativas de pertencimentos individuais e coletivos, fazendo brotar e movimentar as questões que nos permeiam.
A exposição prevê visitas mediadas com oficinas de modelagem livre aos sábados de manhã, das 10h às 12h. Estão sendo desenvolvidos também alguns recursos para acessibilidade como: mapa tátil, mesa sensorial, legenda em braille e a possibilidade de acesso à visita virtual com audiodescrição.
Abertura: 28 de fevereiro de 2024, 19h
Visitação: 28 de fevereiro a 28 de março de 2024
Horário: 8h às 20h
Local: Galeria DeArtes - Campus Batel UFPR. Rua Coronel Dulcídio, 638 - Batel, Curitiba - PR
Artistas participantes:
Ana Lúcia Canetti, Ciclo Terra-cerâmica-terra, Cochi, Daniélle Carazzai, Dayane Rocha, Fabio Henrique Faria, Felipe Roehrig, Flávia Bührer, Giovana Tartas, Isabella Sierra, Laura Franciscato, Luan Linkoski, Luiz Herter, Mateus Gruber, Milena Rankel, Programa Solos na Escola UFPR, Projeto Enraíze (Caim Damico e Guilherme Brollo), Thallyta Piovezan, Guilherme Romanelli, Vaguelis Silva, Vitor Maki e equipes voluntárias do projeto de extensão desde 2015.
Realização: Projeto de extensão Espaços em comum: práticas artísticas em cerâmica.
Coordenação: Isabelle Catucci
Vice-coordenação: Joelma Estevam
Projeto gráfico: Thallyta Piovezan e Felipe Roehrig
Apoio: Departamento de Artes e Pró-Reitoria de Extensão e Cultura
Assessoria para desenvolvimento e realização de materiais para acessibilidade: Equipe NAPNE UFPR; LaMPI- Laboratório de Modelagem, Prototipagem e Inovação coordenado por Isabella Sierra e SIBI UFPR- Laboratório de Acessibilidade.
Classificação indicativa: Livre
Entrada gratuita
email: [email protected]
site: www.emcomumufpr.weebly.com
instagram: @emcomumufpr
Acessibilidade:
obs: A galeria fica no segundo andar e não há elevador no prédio. Caso necessite de apoio, favor contatar com antecedência a coordenação do projeto pelo email [email protected]
Recursos de acessibilidade:
Legenda em braille
mapa tátil
mesa sensorial
visita virtual com recurso de audiodescrição (em breve)
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apresentação
Ressoar sendo terra/Terra
por Isabelle Catucci
fev 2024
O caráter holístico da terra mantém os nossos pés no chão e as nossas cabeças a divagar sobre as ressonâncias, energias e interações dessa presença. Artistas e ceramistas trabalham constantemente em contato com a argila/terra, exercitam uma convivência atenta às vidas em relação, em uma sensibilidade que é acionada pelas mãos sobre as superfícies, porosidades e aglutinações. O clima, as temperaturas e os modos de agir ativam a percepção sobre a empatia com os lugares, materiais, seres e pessoas, em movimentos que passam a ser guiados pela observação à reação, em olhares e escutas direcionados para as respostas geradas pelas transformações.
Esta expo ação surge do interesse de reunir pesquisas, registros, testes e trabalhos desenvolvidos por participantes de alguma das fases do projeto de extensão “Espaços em comum: práticas artísticas em cerâmica”, desde seu início, em 2015. Embora seja incompleta, por contarmos com mais de uma centena de colaboradores e participantes, os convites e aproximações nesta expo ação foram enredados pelo acompanhamento das trajetórias que foram se aproximando ao longo desse tempo.
A escolha de expor os trabalhos na Galeria DeArtes, como um dos nossos “espaços em comum”, foi impulsionada pelo desejo do grupo de artistas que participaram do Ciclo Terra-cerâmica-terra, de 2023. Sair do ateliê e colocar para fora ex(fora) po (colocar) reafirma o interesse do projeto de compreender os espaços de encontro e de partilha como uma plataforma de ações. Neste evento de expo ação, os diálogos, as escutas e as possibilidades das diversas esferas de relação se mostram presentes e são colocados em movimento.
A terra/Terra é um dos temas que impulsionaram as leituras e o estudo de outras artistas como Anna Maria Maiolino, Ana Mendieta, Celeida Tostes, Regina José Galindo, e de artistas locais que gentilmente compartilham seus processos conosco, tais como Maria Helena Sapparoli, Gláucia Flügel e Juan Parada, entre outras inúmeras referências. Essas pesquisas sobre artistas incentivam a problematização do fazer artístico como ação social, política, crítica, sensível e comprometida, promotora de debates para além da matéria, do controle técnico ou formal de um material.
Nesse sentido, as terras com as quais dividimos nosso cotidiano são interlocutoras e ouvintes, participam dos espaços e reações, replicam nossos movimentos, nos trazem o sentido poético. As pessoas das terras ouvintes participam e mediam os processos, são parte integrante em processo.
O título “terras ouvintes” vem de uma citação do texto de Isabel Casimira Gasparino (2023)* sobre o som do tambor na rua durante os cortejos de congada, em que ela narra a importância do ritual e da energia colocada no espaço público, sabendo que mesmo que a voz deixe de ser ouvida, o ritmo ainda pode ressoar e ser replicado por quem quiser, em “terras ouvintes distantes”. Essa energia testemunhada e reverberada ao longo do tempo e espaço dá sentido e tom para a reunião dos trabalhos desta expo ação, onde acompanhamos o labor, a noção de ciclo, a repetição e a transformação de artistas com a terra.
Ana Lúcia Canetti colhe e homenageia as memórias e as formas das sementes; Isabella Sierra repete as pétalas das orquídeas, em uma manipulação que busca um novo significante na repetição; já Laura Franciscato oferece a fruta ao resgatar as cerâmicas afro-brasileiras.
O sentido da terra “descoberta” por baixo da cidade e dos anseios modernistas é o mote para o trabalho de Fabio Henrique Faria; Giovana Tartas retoma o local de recolhimento do relicário, articulando imagens sobre a natureza; Thallyta Piovezan confabula com o objeto cotidiano do filtro de barro e faz reviver a nossa atenção para a própria vida. Dayane Rocha planta possibilidades de imaginação para os fins de mundos e recomeços; Daniélle Carazzai nos proporciona leituras sobre o tempo e sobre as relações entre os ritmos visuais; Luiz Herter nos propõe uma relação direta, nos convida para desenhar com a terra.
Os trabalhos de Flávia Bührer reagem ao líquido, são corpos que reivindicam; Vaguelis faz do objeto um símbolo inescapável, com a imprevisibilidade e maleabilidade da argila e cerâmica, em sua relação com o corpo; Luan Linkoski dispõe e prepara camadas para o corpo que se expõe; Felipe Roehrig molda os rostos e faz da narrativa processual, das conversas sobre as questões LGBTQIAP+, motivo para realização de máscaras em cerâmica; Cochi performa a modelagem do retrato e rebate a imagem de si em reflexos e difrações sobre a noção de subjetividade.
Os trabalhos coletivos/colaborativos são apresentados a partir dos testes, amostras e exemplos, como na proposta interativa desenvolvida pelo grupo “Módulos”, em 2015-16, instalada na entrada de pedestres do campus DeArtes.
Os testes para a realização do painel “Espaço, vírgula, ponto”, instalado na Biblioteca do Campus Rebouças UFPR, a convite da bibliotecária Sonia Mara Passot, realizado pelo grupo de 2018-17 , indicam o interesse lúdico e continuam a pesquisa sobre palavras e espaços.
Das oficinas ofertadas pelo projeto, com a colaboração de outras áreas, temos a participação do importante programa de extensão Solo na Escola, com recursos e oficinas sobre meio ambiente em diálogo com as artes. São expostos e acionados, também, os pequenos objetos de sopro, amostras das oficinas de ocarina, realizadas pelo professor de educação e música Guilherme Romanelli, entre 2017 e 18. O objeto relacional “escute aqui, fale aqui”, do grupo de voluntários de 2019 (Flávia Bührer, Mateus Gruber, Milena Rankel, Thallyta Piovezan e Vitor Maki), impõe-se pela sua presença material e volumétrica em terra crua, aberto para participação, comunicação e toque.
Podemos acessar, também, o caderno “Gestos em comum”, publicado pelo grupo de 2022-23, com apoio do SiBi UFPR, disponível no Repositório Digital da UFPR, com uma série de convites e proposições inspiradas pelos gestos gerados no ateliê de cerâmica do DeArtes. De 2023, são apresentadas mostras do “Projeto Enraíze”, conduzido por Caim Damico e Guilherme Brollo, que exercitaram em oficinas propostas decoloniais para azulejaria. A ação “Experimentar terra corpo” é apresentada através do registro em vídeo da performance instalação colaborativa, conduzida pelo grupo “Terra-cerâmica-terra”, em parceria com o evento “Raízarte” (SACOD), realizada com diversos grupos na SBPC Cultural e, posteriormente, na Escola Municipal Cel. Durival Britto e Silva, no Cajuru, Curitiba.
Durante o período da expo ação terras ouvintes, no mês de março, aos sábados de manhã, serão realizadas visitas mediadas, oficinas e atividades para incentivar a visitação do público externo e a troca de informações. Como um primeiro passo em direção à acessibilidade, iniciaremos um material de mediação com audiodescrição dos trabalhos expostos em catálogo virtual, para que este material possa integrar atividades e oficinas para públicos diversos.
A expo ação surge como um modo de reunir e compartilhar, a partir do que ressoa, seja em terras ouvintes mais interiorizadas, de memórias e vivências pessoais que continuam a vibrar em memórias e pertencimentos coletivos, seja naquelas que replicam, em “terras ouvintes distantes”, movimentando as questões que nos permeiam, e que permitem, através de diversas mídias, técnicas, oficinas e meios, sensibilizar e fazer brotar sentidos, sobre os modos de vida, ritmos, formas de estar, conhecer, partilhar e de fazer arte.
*Gasparino, I. C. “O reino nas ruas”. In: Terra: antologia afro-indígena/ Vários autores. São Paulo/ Belo Horizonte: Ubu Editora/ PISEAGRAMA, 2023 (p.148-149).
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